O que são, para que servem e como utilizá-los?
Há muito tempo existe o conceito de Dicionários dentro do GLPI, porém é pouco divulgado, conhecido e utilizado, principalmente porque não entendemos de fato sua função e acaba ficando de lado na implementação de um projeto do GLPI.
Nesse artigo, vamos entender os Dicionários, como utilizá-los para padronizar e otimizar as informações do seu parque de informática, fazendo com que o processo de Gestão de Ativos seja mais eficiente melhorando o controle, relatório confiável, gráficos nativos e também com um BI como Metabase.
Quando precisamos de um relatório sobre o parque de computadores para entender quantos e quais são os equipamentos que possuem o Sistema Operacional desatualizado, encontramos uma lista variada de versões que não ajuda a identificá-los.
O que são os Dicionários?
O conceito de Dicionários (dentro do GLPI) nada mais é do que um conjunto de regras de negócio com critérios e ações que visa organizar, padronizar as informações ou substituir um determinado item por outro, ou seja, os Dicionários permitem modificar dados novos ou já existentes no GLPI e agrupar redundâncias ou classificações fora do padrão.
Para que servem os Dicionários?
Como vimos até agora, os Dicionários são um conjunto de regras que tem como objetivo agrupar informações redundantes dentro do GLPI e podemos atribuir funções, dependendo da necessidade.
Exemplo: mudar uma versão do Sistema Operacional de 2009 para Windows 10, adicionar um modelo de computador (dependendo do fabricante) ou até mesmo, podemos impedir que um determinado item seja importado para o GLPI.
Atualmente temos os Dicionários:
Dicionário global:
Muito utilizado para negar importação de algum item em específico (único Dicionário que permite negar a importação de dados). Além de negar a importação, podemos alterar o nome do ativo, e/ou fabricante ou incluir um software a uma determinada categoria de softwares.
Exemplo: quando for importado ou sincronizado o computador tenha instalado o Pacote Microsoft Office 2010 (ou qualquer versão), é atribuído ao software a categoria "Aplicação de Escritório, Pacote Office ou Office".
- Software
- Fabricante
- Impressora
Modelos
Bastante utilizado para modificar os modelos dos itens em questão, utilizando os critérios de Fabricante e/ou Modelo.
- Modelos de computador
- Modelos de monitor
- Modelos de impressora
- Modelos de dispositivo
- Modelos de equipamento de rede
- Modelos de telefone
Tipos
Parecido com os modelos, porém temos apenas um critério (o próprio tipo) e também uma única ação de alterar o tipo, ou seja, somente para alteração de um item já existente.
- Tipos de computador
- Tipos de monitor
- Tipos de impressora
- Tipos de dispositivo
- Tipos de equipamento de rede
- Tipos de telefones
Sistemas operacionais
Onde se tem a maior diversificação de possibilidades, modificando diretamente a aba de "Sistemas Operacionais" dentro do item do computador.
- Sistemas operacionais
- Service Pack / Pacote de Atualização de Verão
- Versão do Sistemas Operacional
- Arquitetura do Sistema Operacional
Como resolver a padronização de dados na prática?
Caso não possua o perfil Super-Admin, o seu perfil precisa possuir a permissão de gerenciar Dicionários em: Administração > Dicionários.
Uma vez entendido o que é possível fazer com cada Dicionário, precisamos ajustar a sua necessidade, vamos utilizar dois exemplos:
Dicionário Global de Software
Essa regra tem como objetivo negar a importação de atualizações do Microsoft Windows, como aplicações e/ou softwares.
CUIDADO! PARE! e leia com atenção
Sempre aplicar as configurações no ambiente de homologação e depois de validar, aplicar no ambiente de produção.
A regra consiste em:
Critérios: Publicador contém: "Microsoft" + Software contém: "KB"
Ações: Ignorar a importação: SIM + Associável a um chamado: NÃO
Outro exemplo que podemos citar seria o agrupamento de várias versões de um Sistema Operacional.
Dicionário de Sistemas Operacionais > Versões
Critérios: Versão é: 2009 + Versão é: 2004
Ações: Versão atribuir: Windows 10
É possível notar que no operador lógico dessa regra foi utilizado OU para quando um dos critérios for verdadeiro, a regra será executada.
Benefícios?
O conceito de Dicionários ajuda principalmente na organização e padronização das informações. Consegue eliminar os itens que não são relevantes para a Gestão de Ativos.
Uma vez criadas as regras dos Dicionários, os ativos cadastrados, importados por CSV, API ou sincronizados via agente do inventário, serão atualizados os dados conforme a padronização.
Gestão de Ativos, qual impacto com Dicionários?
A capacidade de gerenciamento do parque de informática vai muito além de conferir se um servidor ou serviço está ou não ativo e disponível.
GLPI - (sigla: francês: Gestionnaire Libre de Parc Informatique, ou "Gestão Livre do Parque de Informática", em português)
“Não se gerencia aquilo que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia” – Willian Edwards Deming.
Mais do que reagir é necessário se antecipar e não é por acaso que o time de BI apresenta métricas e indicadores de tendência da organização.
Avaliar o status de segurança do Sistema Operacional, garantindo que seu parque esteja atualizado, identificar quais computadores não possuem antivírus ou estão estes desatualizados, quais softwares ou aplicativos possuem licenças próximas de expirar irão garantir uma antecipação que poderá evitar incidentes maiores, como o ataque hackers a falhas, exemplo: SMBv3 (Microsoft Server Message Block 3.1.1), em 2020.
Qual a sua dúvida? Ela pode ser o nosso próximo #respondenaquinta, então não perca tempo e falecom@servicedeskbrasil.com.br.
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